Não é preciso comentar o quanto o ano de 2019 foi ruim para a pesquisa e as universidades brasileiras.
Ainda assim, movido por trabalhos anteriores e/ou então pela força do ódio (como foi o meu caso 😆) bons resultados foram gerados neste famigerado ano.
Dentro dessa balbúrdia, o streaming livre e o Libreflix fomentaram muitas discussões que eu gostaria de deixar registradas aqui no blog.
Já no meio do ano, em Junho, seguido de muitas conversas prévias e também de importantes desembolamentos que aconteceram na Cryptorave, pude elaborar um documento que apresenta e constrói discussões acerca de um Streaming Livre.
O artigo se chama “Streaming livre: pensando uma distribuição digital do comum na era do streaming” e foi apresentado no I Congresso Internacional sobre o Comum e os Commons, onde recebeu a menção de destaque da seção de Comuns do Conhecimento.
Acesso: O trabalho ainda está para ser publicado em edições da editora da UCS. Logo que tiver novidades coloco por aqui.
Alguns meses depois, meu orientador na iniciação científica e eu finalizamos um artigo apresentando a plataforma Libreflix e sua arquitetura. O projeto foi apresentando no Workshop de ferramentas dentro do já tradicional - e muito divertido - Simpósio Brasileiro de Sistemas Multimídia e Web (WebMedia).
Acesso: O resultado do artigo, em inglês, pode ser acessado na biblioteca online da SBC. Se estiver fazendo pesquisa, não deixe de conferi-lo e citá-lo. Na página de publicações tem a citação em ABNT e BibTex. o/
Outro trabalho bacana foi produzido pelo Jamerson Soares. O Jamerson é estudante do curso de Comunicação Social - Jornalismo na Universidade Federal de Alagoas. Seu artigo chamado Libreflix: A cultura colaborativa do audiovisual numa plataforma de streaming foi apresentado no 9º encontro de cinema Alagoano, dentro do tradicional Circuito Penedo de Cinema - tudo às mergens do Velho Chico.
Acesso: Para conferir a pesquisa é só acessar: Link para o artigo.
A distribuição digital do cinema independente e o Libreflix como um meio para isso foram os temas do trabalho de conclusão de curso da Luana Brescovtiz. A Lu é estudante de Comunicação Social lá na Unochapecó e defendeu sua pesquisa agora em Novembro.
Acesso: O trabalho ainda precisa ser publicado na biblioteca online da universidade, mas assim que disponível atualizo o post com o link.
Outro desdobramento muito bacana que aconteceu ainda esse mês foi o contato do Leonardo Schimmelpfeng, doutorando do programa de pós-graduação em Engenharia e Gestão do Conhecimento da UFSC.
Como parte de sua tese, o Leo coordenará uma equipe para fazer a audiodescrição de algumas obras dentro do Libreflix. Juntos vamos tentar entender alguns desafios de se implementar as faixas de aúdio dentro de players de vídeo na web. O YouTube até hoje, por exemplo, não oferece a possibilidade do uso desse recurso.
Acesso: O trabalho ainda está em andamento, com previsão para o Leo defender seu doutorado em Março do ano que vem. Logo que tiver mais novidades, trago por aqui também. :)
O modelo de negócios da maioria das empresas de internet hoje é simplesmente baseado em combinar as preferências do usuário com anúncios em seus serviços. Grandes empresas “de inovação” que resumem todo seu aparato tecnológico no mais básico instrumento capitalista: a publicidade.
Para que isso ocorra, essas corporações vêm criando métodos de coleta de todos os rastros digitais deixados pelos usuários. Absolutamente tudo pode ser usado: Logs da conexão, tamanho da tela, tipo de dispositivo, análise textual de emails privados, locais onde esteve através do do GPS e até os movimentos que você faz com o mouse durante a nossa navegação.
Essa coleta tem sido feita e aperfeiçoada aliando conhecimento da área de ciência de dados, machine learning e inteligência artificial, e usada muitas vezes de forma não ética e até criminosa.
Olá, amigxs! Deixa eu contar para vocês que ainda no mês de Fevereiro deste ano me deparei com uma pequena - mas poderosa - falha em um dos sistemas do Centro Universitário Uninter, um dos maiores centros universitários do Brasil.
A vulnerabilidade estava em um dos portais que recebe inscrições de alunos contemplados com bolsas estudantis por programas do governo, sendo, então, a ponte de acesso dos estudantes, os quais devem submeter seus documentos para serem analisados pelos funcionários da faculdade.
Na lista de documentos a serem enviados à análise estão:
entre outros.
O ruim é que, atualmente, essa gama de documentos é a que possibilita quase todas as relações entre o cidadão e outras instituições.
Não é das mais triviais a discussão sobre os métodos de avaliação e aprovação - nada atuais - em uma matéria na universidade. Na cabeça de um estudante então (eu) esse tema fica ainda mais nebuloso. Nesse semestre reprovei em uma matéria, e o que mais doeu foi que faltaram apenas dois décimos na nota para que eu fosse aprovado. Antes da lucidez chegar, e com um tempinho ocioso das férias por vir, resolvi que iria tomar o que era meu por direito (?) e reaver a aprovação na disciplina.
Seria muito “simples”: eu só precisava descobrir a senha do meu professor, e assim logar no sistema acadêmico e alterar minha nota. Eu tentei alguns métodos de chute de senha, e bruteforce também, mas claro, eram infinitas combinações e eu não tinha a menor ideia de palavras-chaves para usar.