O modelo de negócios da maioria das empresas de internet hoje é simplesmente baseado em combinar as preferências do usuário com anúncios em seus serviços. Grandes empresas “de inovação” que resumem todo seu aparato tecnológico no mais básico instrumento capitalista: a publicidade.
Para que isso ocorra, essas corporações vêm criando métodos de coleta de todos os rastros digitais deixados pelos usuários. Absolutamente tudo pode ser usado: Logs da conexão, tamanho da tela, tipo de dispositivo, análise textual de emails privados, locais onde esteve através do do GPS e até os movimentos que você faz com o mouse durante a nossa navegação.
Essa coleta tem sido feita e aperfeiçoada aliando conhecimento da área de ciência de dados, machine learning e inteligência artificial, e usada muitas vezes de forma não ética e até criminosa.
Olá, amigxs! Deixa eu contar para vocês que ainda no mês de Fevereiro deste ano me deparei com uma pequena - mas poderosa - falha em um dos sistemas do Centro Universitário Uninter, um dos maiores centros universitários do Brasil.
A vulnerabilidade estava em um dos portais que recebe inscrições de alunos contemplados com bolsas estudantis por programas do governo, sendo, então, a ponte de acesso dos estudantes, os quais devem submeter seus documentos para serem analisados pelos funcionários da faculdade.
Na lista de documentos a serem enviados à análise estão:
entre outros.
O ruim é que, atualmente, essa gama de documentos é a que possibilita quase todas as relações entre o cidadão e outras instituições.